Saúde
Últimos dias da campanha de vacinação
Mobilização se estendeu por todo o mês de agosto; até agora, aproximadamente 60% do público-alvo foi imunizado
Jô Folha -
Nesta sexta-feira termina a Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo e a Poliomielite, também conhecida como Paralisia Infantil. Em Pelotas, as vacinas começaram a ser aplicadas na primeira semana de agosto, mais precisamente no dia 6, data de abertura no calendário nacional da ação. Todas as 50 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e o Centro de Especialidades participaram, imunizando crianças de um a cinco anos incompletos. Até a última sexta-feira, 66% do público-alvo tinha sido vacinado contra a pólio e 64% contra o sarampo.
Segundo dados da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde do município (SMS), a meta é que 15.222 crianças sejam imunizadas até o dia 31. Uma semana antes do prazo, dia 24, 10.025 doses contra a paralisia infantil já haviam sido distribuídas. Em relação ao sarampo, foram 9.736 vacinas dadas. Portanto, 60% do público principal foi atingido. O Ministério da Saúde (MS) aponta que a campanha precisa ter, no mínimo, 95% de alcance.
Essa luta tem como foco vacinar o máximo possível de crianças e alcançar, ainda, a comunidade em geral. A ideia é mostrar a importância da vacinação para prevenir doenças, tanto para os pequenos quanto para os adultos. Para reforçar a proposta, ocorreu no dia 18 o "Dia D da Campanha", um mutirão que mobilizou postos de saúde do país inteiro. Apesar do foco no combate contra a pólio e o sarampo, as cadernetas de saúde podem ser atualizadas, ou seja, as demais vacinas poderão ser tomadas de acordo com a faixa etária.
No Brasil, a poliomielite é uma doença considerada erradicada, com o último registro em 1989. Por outro lado, o sarampo gera preocupação, já que em 2018 surgiram casos no Rio Grande do Sul. Em Pelotas não há registros da doença há 30 anos, mas de acordo com a chefe do departamento de Vigilância Epidemiológica da SMS, Ana Alice Maciel, é importante manter as coberturas e promover a imunização. Um movimento constante de pessoas em busca das vacinas é observado e as unidades seguem sendo abastecidas. "É importante contribuir e evitar a reintrodução das doenças", explicou.
O movimento foi intenso durante a semana no Centro de Especialidades. Segundo a enfermeira Fátima Soares, pessoas que querem imunizar as crianças e buscar por outras vacinas formam uma grande fila no local todos os dias. Márcia Rocha, que aguardava com a filha Sofia, de três ano e meio, se informou pela televisão e considerou a campanha bem explicada. "É bom prevenir", resumiu. Já a pequena Alice, de quatro anos, foi bem corajosa na hora de tomar as doses. A mãe, Luciane Costa, também ficou sabendo da ação pela tevê e pelas redes sociais e ressaltou a importância: "já previne para a vida toda."
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